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Todos os Milagres que não Podemos Ver 2t4567

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Por Jornal Cidade de Agudos em 14/05/2025 às 17:52:03

Rubem Alves, autor de quem gosto muito, fala bastante dos milagres do dia a dia. Constantemente aborda a beleza das pequenas coisas, a poesia do cotidiano e a importância de olhar para a vida com encanto. Em seu livro "Ostra Feliz Não Faz Pérola", ele escreve sobre como as coisas banais, como o voo dos pássaros, o sabor do café ou uma boa conversa, podem ser milagrosas quando observadas com atenção e sensibilidade. Ele acreditava que a poesia e a arte nos ajudam a enxergar esses pequenos milagres.

Adoro esses trechinhos de Guimarães Rosa no qual ele escreve: "Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho, não se importando demais com coisa nenhuma. Felicidade se acha é só em horinhas de descuido." ou o "O real não está na saída nem na chegada, ele se dispõe para a gente é no meio da travessia". nos lembra que a vida é feita dos momentos quando estamos bem presentes e humildes, com olhos e ouvidos bem atentos ao mais simples, especialmente quando podemos ser criativos.

Sempre que se fala de criatividade, parece algo leve, decorativo, um detalhe a mais na vida. Mas não é. Criar é sobreviver. É dar forma ao caos, transformar medo em verso, solidão em acorde, escuridão em cor. Quando uma criança rabisca um universo novo, quando um escritor traça um caminho entre palavras, quando um músico arranca notas do ar, estamos curando feridas que nem sabíamos ter.

A criatividade humana importa porque é nela que nos encontramos. Desde quando plantamos um humilde jardinzinho ou tiramos aquele pão dourado do forno, até quando alguém canta sua dor e a outra pessoa reconhece seu próprio lamento. Criar não é um capricho; é a forma mais profunda de existir.A arte não é um luxo, é um sustento. Está nos muros da cidade, nas melodias que embalam os dias difíceis, nos filmes que nos transportam para longe, quando o aqui pesa demais. Sem ela, tudo seria um deserto árido de silêncios e repetições. No traço de um desenho infantil, no samba que pulsa nas esquinas, na história que alguém conta ao pé do ouvido, há mais do que beleza: há alimento para a alma..

No fim, tudo se resume a um milagre precioso, quando alguém genuinamente nos ouve e nos acolhe no convite: "Ei, escute-me, e eu te escutarei". A arte nos lembra de que não estamos sós, de que há sempre alguém cantando nossa música do outro lado da rua. E, quando encontramos essa melodia comum, algo mágico acontece. Chamamos de beleza, chamamos de emoção, chamamos de arrepio, mas, no fundo, é apenas a humanidade reconhecendo a si mesma e se permitindo, por um instante, respirar no meio da travessia.

Prazer, sou Vera Lúcia Ravagnani, eu conto histórias e ajudo pessoas a contarem suas próprias histórias em verso ou prosa por meio de cursos de escrita criativa e contoterapia.

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