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Se lemos, entendemos? 135w51

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Por Jornal Cidade de Agudos em 30/04/2025 às 07:13:48

Li , há muito tempo, mais de 20 anos na revista Caros Amigos, um conto do jornalista e escritor, Georges Bourdoukan. Fiquei muito irada e a história nunca me saiu da cabeça. Viva a internet, procurei e voa-lá letra a letra ele se materializa na tela. Reli, e fiquei mais irada ainda pensando que eternamente seguimos por aí, tentando andar em linha reta num mundo que sempre foi redondo. Vou partilhá-lo com vocês leitores. Espero que também apreciem. Boa leitura!

Conta-se, mas Allah sabe mais, que há muitos e muitos anos vivia no oásis de Bukra um povo cuja bondade nem o tempo conseguia medir. Esse povo era guardião do Kitab-ul-Kutub (Livro dos Livros) que deveria servir de guia para a humanidade e de forma alguma poderia cair em mãos erradas, sob o risco de despertar o Incontrolável.

Na capa, letras circundavam a figura de um gafanhoto onde se lia:

Ser humano é entender que a diversidade leva à unidade, que a unidade leva à solidariedade, que a solidariedade leva à igualdade, que a igualdade leva à liberdade, que a liberdade leva à diversidade.

Nas páginas internas, desenhos de animais vinham acompanhados de parábolas. A do cavalo dizia: "Vivemos num eterno círculo, onde as retas não têm fim"; a do camelo apregoava: "Impossível e nunca são palavras que não devem ser pronunciadas, porque a natureza humana não a limites"; a da gazela ensinava: "A sabedoria é como a água, quem não tem sede não sente prazer em beber"; a da águia alertava: "Nenhuma coisa pode ser vista se não se souber como vê-la"; a do touro lamentava: "Quem pensa somente no futuro é um insensato; afinal, o que o futuro lhe trouxe?"; a do escorpião instruía: "Fuja do hábito ou ele acabará anulando sua vida"; a da serpente proclamava: "Imortal, a humanidade jamais terá fim, pois Deus precisa do homem para existir".

Na página central, ao lado da imagem do gafanhoto, um texto esclarecia: "O gafanhoto reúne a natureza e a forma dos sete viventes primordiais. Tem a cabeça do cavalo, o pescoço do touro, as asas da águia, os pés do camelo, a cauda da serpente, o ventre do escorpião e os chifres da gazela.

Se você chegou até aqui e não entendeu a mensagem, não prossiga. Observe e aprenda que os animais são mais generosos que os homens, pois nunca se viu um leão escravo de outro leão, nem cavalo de outro cavalo".

Não se sabe o que aconteceu com o povo de Bukra nem com o livro. Beduínos da tribo dos Bani-Nujum deixaram relatos de que eles teriam se ocultado para proteger o livro do Al-Dajal, trazido pelo vento norte. E que um dia reapareceriam para que a humanidade pudesse entender o significado do círculo.

Prazer, sou Vera Lúcia Ravagnani, eu conto histórias e ajudo pessoas a contarem suas próprias histórias em verso ou prosa por meio de cursos de escrita criativa e contoterapia.

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