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No interior de São Paulo, precisamente em Mococa, uma iniciativa inédita busca reverter o aumento da mortalidade por câncer de mama e de colo do útero. A cidade implementou um sistema informatizado que promete revolucionar a detecção precoce dessas doenças.
Desde o final de abril, duas das treze unidades básicas de saúde do municÃpio adotaram o novo modelo. Diferentemente do sistema tradicional, que aguarda a iniciativa das pacientes, o método inovador utiliza dados cruzados para identificar mulheres com perfil de risco, convocando-as diretamente para exames como mamografia e Papanicolau. A medida visa combater o crescente número de óbitos, especialmente entre mulheres com menos de 40 anos.
A iniciativa faz parte do programa ConeCta-SP, coordenado pela Fundação Oncocentro de São Paulo (Fosp). Desde 2022, o programa tem ouvido mulheres e profissionais de saúde em 50 unidades básicas de saúde para identificar obstáculos e preparar a transição para o novo modelo. A previsão é que o sistema se estenda para mais 19 cidades até junho e dois departamentos regionais de saúde até setembro.
O diagnóstico precoce é um desafio crucial no paÃs. Dados recentes indicam que, apesar da incidência de câncer de mama estar relativamente estável, a taxa de mortalidade tem aumentado, especialmente entre mulheres jovens. Entre aquelas com menos de 40 anos, o crescimento é de 1,8% ao ano.
A desigualdade racial também agrava o cenário. Um estudo alarmante revelou que, entre 2000 e 2020, a mortalidade por câncer de mama entre mulheres negras aumentou quatro vezes mais do que entre as brancas. Mesmo sendo mais comum entre mulheres brancas, o o ao diagnóstico e ao tratamento ainda é mais difÃcil para as negras, refletindo disparidades sociais gritantes.
O câncer de colo do útero também é motivo de preocupação. Apesar de ser um tipo de câncer prevenÃvel, a taxa de mortalidade voltou a crescer após anos de declÃnio, afetando principalmente mulheres de 20 a 39 anos, com maior impacto na região Sudeste.
A vacina contra o HPV, oferecida pelo SUS desde 2014, é capaz de prevenir até 90% dos casos de câncer de colo do útero. No entanto, a cobertura vacinal teve uma queda preocupante em 2023, com apenas 82,5% das meninas imunizadas, abaixo da meta de 90% estabelecida pela OMS.
Estudos recentes apontam ainda para uma maior presença de fatores hereditários entre mulheres jovens diagnosticadas com câncer de mama. Uma pesquisa da USP com 1.663 pacientes revelou que 20% dos diagnósticos tinham origem genética, Ãndice que sobe para 25,8% entre aquelas com menos de 35 anos.
Essa iniciativa em Mococa representa um avanço significativo na luta contra o câncer no Brasil, buscando ativamente identificar e tratar mulheres em risco, ao invés de esperar que elas busquem ajuda. A expectativa é que o modelo seja expandido para outras cidades, impactando positivamente a saúde de milhares de brasileiras.
*Reportagem produzida com auxÃlio de IA